domingo, 1 de dezembro de 2013

DASEIN UND DAS CHAOS

Na escuridão das horas,
Preciso abrir os olhos...
Sei que as coisas vão mudar
E não posso ficar pra trás.

Não consigo enxergar...
Nenhuma brecha há...
Preciso achar uma coruja;
Ser suas pupilas noturnas.

Não vejo a alvorada...
Mas sei que se mostrará
A luz desse horizonte dormente
Sob abrigo incandescente...

Com lágrimas terei
Os frutos que se nutrirão
Das chuvas e do calor
Dos furacões à minha frente...

Que impelem alterações
À minha vida desarrumada;
A pôr ordem em minha casa,
Onde viverei transformações...

Pelas minhas pupilas,
Pelas minhas falanges,
Meus lobos faiscantes;
E pelas minhas línguas...

A existir no mundo
Mais luminoso pra mim,
Embora haja no fundo
A escuridão a me seguir.

(Leandro Monteiro)

sábado, 23 de novembro de 2013

PROCURE REFLETIR

Se a satisfação
Vem de sua arte,
O sustento vem do povo...
Se não esconde
O que cria e re-produz,
Se mostra o que o divulga,
Em posturas éticas ou não
Vistas pelos "críticos-pavão",
No querer de artista,
Político ou cientista,
Aparecer na tevê...
Porque não posso escrever
Sobre tal fulano que precisa
Do povo... que todos veem?
Não faço nada senão
Contar a história de um homem
De nosso adorado povo.

(Leandro Monteiro)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A PRIMAVERA



O sol se abre, enfim, no horizonte...
Sua luz brilha além dos montes
Onde o frio é muito constante,
E as vidas são quase errantes.

Ouvir os  pássaros cantarem,
Sentir os cheiros das bromélias,
Das margaridas, azaleias;
Que são aromas pra se fragrarem.

Ah! Que luz suave, que encanto,
Que dissipa ao fim meus prantos;
Que friezas abrigavam,
Pois, a minha lúgubre vida...

Fria que, agora, se derrete
Ao sentir a luz em meu rosto
Que de triste torna-se alegre;
E pede ao pôr do sol: - De novo!

Ver o sol se abrir no horizonte;
A luz brilhar além dos montes,
Ouvindo os pássaros cantarem
E todas as flores suspirarem...

Tudo isso que é um grande encanto
Que dissipam os meus prantos
Ao senti-la quente em meu rosto
Pedindo pra havê-la de novo!        

(Leandro Monteiro Oliveira)

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O ARTISTA-HOMEM PÓS-MODERNO (?)

Faz quanto tempo
Procurei ser impessoal
Ver as coisas por si mesmas,
Sem um pingo de narcisismo...

Faz muito tempo,
Venho me dividindo,
Fracionando minha biografia,
Transformando-a em imperfis
Que vivem uma vida em duas.

Como isso tem me deixado infeliz!

Se fosse apenas aptidão
Condizente do ramo a fim!
Mas não é assim, não!
Cientista, de afeto, falta-o razão;
O artista, metódico, sem coração...

Sou ser humano especializado,
Em versos decadentes;
De pensamentos inconsequentes
Para quem se julga ser ajuizado.

Sou o poeta pós-poesia,
Incerto de ser si mesmo.

(Leandro Monteiro)

sábado, 2 de novembro de 2013

P. e F.


Rogério, não é maleável
Como as águas do rio,
Correndo pelo tempo...
Para meu desagrado,
As canções que tanto
Retumbavam nas ondas
Da mais pura liberdade
Cibernética, estão ilhadas...

Um muro surgiu
Diante demais faces;
A música, solapada
No direito do criador
Que, outrora Pink,
Cantou para o mundo
Suas dores e injustiças...

Agora, o criador
Revelou-se Floyd,
Ser autoritário
De um amanhã,
Cujos sons e céu azul
São só democracia
Se há dinheiro à vista.
(Leandro Monteiro)

 

 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

TARDE DE VERÃO

Tarde de verão,
Ando pela rua...
Após tomar
Banho de sol
Afogo-me de sede...

(É verão
E o corpo
Deságua
Pelos poros
Dilatados)

Assim como ar,
Preciso de água
Para refrescar
A minha goela
A minha pele...

(É verão
E o corpo
Deságua
Pelos poros
Dilatados)

A cútis que está
muito dura, seca
Como as conchas
De caramujo do mar...
Minha cabeça delira

(É verão
E o corpo
Deságua
Pelos poros
Dilatados)

Como um marujo
Que vaga pelas vagas
Deste oceano solar
Sobre o qual caminho
Nesta tarde de verão.

(Leandro Monteiro Oliveira)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

PERDÃO

Você pisou na bola...
Muito feio comigo,
Vem pedir, agora,
Meu perdão, amigo?

Antes de te dizer
Palavra tão sacra,
Pergunto-te, cara:
Quer se arrepender?

Está arrependido?
Caso os teus olhos
Mostrem esse sentido,
Falo-te: "Te perdoo".

Mas caso queira ter
Mais coisas a prouver
De minha pessoa,
Peço-te: "Vá embora".

Sei que és humano,
Sei que podes errar,
Isto vou considerar,
Mas aceitar ser burro?

Procurá-lo em outro lugar.
Meu peso já é imenso
Para eu carregar
Neste mundo pequeno!

Ou para ficar justo,
Faço-te uma proposta:
Pode carregar minha bigorna
Para dar-me algum lucro?

(Leandro Monteiro)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

EU E MEU VIOLÃO

Neste dias, tenho passado

Com as mãos apalpando

Um violão cansado

De tanto ficar berrando

Ruídos, de meus dedos

Desajeitados em seu concerto.


Não sou um anjo de harpas

Sou um ladrão de cordas

Que de tão minuciosas

Se tornaram desafinadas

Pelos sons que roubei, matei

A cada nota que toquei.

(Leandro Monteiro)

 

domingo, 1 de setembro de 2013

O CONCERTO


Partitura partida
Separa as fusas
E parafusas
Os compassos
Separados...

E a música se constrói
Ou se repara
Em um conserto
Com muitos instrumentos...

E a música se compõe
Ou se arranja,
Em um concerto,
Com muitos instrumentos,

As claves usadas
Fá, sol agora
E a canção toca
As sete notas
e tons sincrônicos.

Da alma que canta
Aquilo que sente
O que lha apraz
O que lha dói
Aos alheios ouvidos
Que aos sons se dispõe.

(Leandro Monteiro)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A BORBOLETA COLORIDA (POEMINHA)

Borboleta a voar,
Borboleta a surgir,
Tão colorida está
Que se pensa ser filha
Do Arco e da Íris, no ar.

(Leandro Monteiro)

domingo, 25 de agosto de 2013

O ESTRANGEIRO (O IMIGRANTE)




Da guerra eu fugi...
Assim como da pobreza
Os italianos vieram...
De falar eu a língua difícil
Essa português de Brasil,
Problemas pra expressar
Eu tido tenho... "tenho tido"

Como ser estrangeiro
complicado é!
Sintaxe é me minha língua
tanto quanto problemático!
Muitos cria ela  desentendimentos
para mim... Ah! Ja!

Estrangeiro ser
E com o idioma sofrer,
Não bastam o sentimentos
Para eu bem me comunicar!
Dureza suportar a solidão
por não me comunicar conseguir!

Ah! Quando isso tudo acabar,
eu quero não mais nada recordar,
Só quero eu a felicidade
Após tanto penar
e o sucesso usufruir!

(Leandro Monteiro)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PARADOXO (SOCIAL?)

Beleza, estética divina
Vilania
Feiura, estética selvagem
Bondade

E as aparências é segurança
Para continuar nossa andança.

Uma vida, tão bem quista,
Assassina
A morte, tão combatida,
Protegida

E a justiça traz a paz
Após o horror que sub jaz.

Em nossa cabeça,
Na mentes, a ira
A verdade de(s) velada
Justa se manifesta

Entre ditos
Contra ditos
Nós vivemos

O que vemos
Entendemos
E, assim, crermos

Para ser o
Paraíso:
Nosso céu.

sábado, 27 de julho de 2013

EL CÉTICO


Yo no sé de nada
Yo no sé de nadie
No creo en nada
Ni en nadie...
Y prefiero hacerlo
Pues en verdad
No se sabe si
La verdad de ahora
Es la próxima mentira
descubierta por alguien
Quien es un cientista
A comprobarla
En todos sus errores....

Yo no sé de nada
Yo no sé de nadie
No creo en nada
Ni en nadie...
Y prefiero ser así:
A cambiarme
En todo lo posible
Para estar más cerca
de mi perfección
De vivirme e ser feliz
Independiente de
Sucederme mudanzas
No deseados por mí.




domingo, 14 de julho de 2013

GHOST SPEECH (DISCURSO ANÔNIMO)

Sou um homem invisível,
E a minha voz é Eco
A dizer pra um Narciso;
Que só reconhece, à beira do Rio,
As aparências de meu esquecimento.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

REMORDIMIENTO (LA CULPA A SER PAGA)

Hace cuanto tiempo

No me he recordado

De aquél secreto

Que en mí corazón

Yo he guardado...


Me parecías ahora

Tán perdido allí, en mí,

Lejos de mí memoria

Robada por una pesadilla...


- Lamento, mí señor, informarte

Pero aquél bandido

Ha en realidad

Volvido para buscar

De ti más un poquito


Hace tanto tiempo

He venido evitarlo

Lo que supiera de destino

Que tendría darlo:


“El rostro de la vergüenza

La pena dela cárcel

Y el alma violada

Por las manos del arrogancia

(Cual yo he acordado por placer)”


Quiso borrar las escenas

De esos días tan mezquinos

Quiso comprar mí paz

Por la humildad que juré

A mí seguir al nada desear…


Sino lo que he conseguido

Hasta ahora por el olvido

En mis manos, mis piernas,

Mis ojos, mi mente….


Apagarme,  de mí, la culpa

Todo el interés de injurias

Que yo he cometido

Con mí peor enemigo


Me pareces ahora

Que voy olvidarlo

Después de recordar

La muerte que me hice

(O me hará) callar.
(Leandro Monteiro)

sexta-feira, 31 de maio de 2013

MARIONETE




Si mi ser ahora
Es echo de angustia
Es porque vivo
Lo que he sufrido…

A todo el rato
En que el deber
Siempre me llama
A asumir una culpa.

Soy como un muñeco
Manipulado por manos
Cuales no son de mí ser
Cuya calma quiere obtener...

Tengo que cortar los hilos!
Tengo que deshacer los ovillos!
Quiero ser Pinóquio sin cuerda!
Un simple vaquero por ahora!

Ser don de mis sentimientos
Cuyos solo los echos de alegría
Dejaré entrar en mi cerebro,
Esos únicos hilos, que harán mi vida.

 Leandro Monteiro

domingo, 26 de maio de 2013

PAST REMINDS



Do you remember
When we were children
You had told you wished
A sincere love?

Do you remember
When you swore me
You would listen to me
All I’d spoke you?

Do you remember?
And now you say
That is so hard
To you explain me.

Do you remember
When you said
You would face
All adversities
No matter scars you’d get?

Do you remember
When I claimed me
I should me honest;
Since the truth only
You treasured?

Do you remember?
And now I explain
You were so naïve,
Never knew what’s to live.


Do you remember…
Do you remember?

-No, I don’t remember
I’ve just forgot that
All I'd said were
A dream you had…
You had in your head.

Do you remember?
So, you do forget!




segunda-feira, 29 de abril de 2013

MACHEN UND SEIN (?)



Und Ich bin allein,

Und Ich weisse nicht

Was machen Ich kann…


Ich sprechen mit keine

Ob Machen Sein Seid,

Der Mann ist nicht hier!


(Leandro Monteiro)

sexta-feira, 26 de abril de 2013